quarta-feira, 26 de maio de 2010

Análise de Balanços - Ana Flávia

Custos

A contabilidade é um instrumento poderoso que a administração tem a sua disposição. A contabilidade, antes de tudo é considerada a ciência que têm objetivos e normas definidas, alem de se ter metodologia cientifica e princípios fundamentais.

Com o passar dos anos a visão do conceito de contabilidade de custos foi sendo aperfeiçoada, de forma a não perder sua essência, seus fundamentos são os mesmos. A contabilidade de custos se destina a produção de informações para diversos níveis gerenciais dentro de uma empresa, para planejamento e controle das operações, além de ferramenta para a tomada de decisões.

A contabilidade de custos além de coletar e registrar classifica dados operacionais das atividades da empresa, identificados como dados internos e externos.

Os dados coletados poder ser monetários ou físicos. Exemplos de dados físicos operacionais são: unidades produzidas, horas trabalhadas, quantidade de materiais solicitada, etc.

A contabilidade de custos em virtude de sua competência é o maior e mais completo banco de dados existente em uma empresa, sendo a responsável pelo registro, acumulação e organização dos dados. Diante das necessidades gerenciais prepara relatórios que tem vários tipos de custos que atendem as exigências de seus usuários. Uma das formas mais empregadas, que talvez seja o fundamento da contabilidade de custos para muitos estudiosos, é a preocupação em atribuir os custos a suas devidas finalidades. Isso significa que os custos serão classificados em diretos e indiretos, dependendo da necessidade para sua utilização.

Custos diretos são aqueles que são facilmente atribuídos a um determinado bem ou serviço, ou seja, são percebidos com clareza em cada produto ou serviço.
Ex: Matéria prima, mão-de-obra direta.

Custos indiretos são aqueles que beneficiam toda a produção de um bem ou serviço. São todos os custos de produção, exceto os materiais diretos e mão-de-obra direta.
Ex: Aluguel, depreciação, salário de supervisão.

Outra forma de ver os custos é verificar sua variabilidade diante de uma variável operacional, normalmente física, que represente a atividade desenvolvida pelo objeto de custeio. Se olharmos os custos por outro lado, pela ótica de sua dependência, teremos novos tipos de custos.

Custos variáveis são aqueles que estão diretamente relacionados com o volume de produção ou venda. Em termos de custos totais, quanto maior for o volume de produção, maiores serão os custos totais. Em termos unitários, os custos permanecem constantes.
Ex: Matéria prima.

Custos Fixos são aqueles que independem do volume de produção ou venda. Representam a capacidade instalada que a empresa possui para produzir e vender bens ou serviços. Em termos de custos unitários, quanto maior for o volume de produção ou venda, menores serão os custos por unidade. Em termos de custos totais independem das quantidades produzidas ou vendidas.
Ex: Aluguel, depreciação.

É preciso para tanto, estabelecer com clareza as condições necessárias para que o custo seja relevante. Os exemplos mais usados são os custos de oportunidade e os imputáveis. Atualmente, em virtude da preocupação cada vez maior pela qualidade total, aparecem os custos da qualidade.

Custo de oportunidade é o valor do beneficio que se deixa de ganhar quando no processo decisório se torna um caminho em detrimento de outro.

Custo de transformação é o custo de transformação do material em produtos. É a soma de mão-de-obra indireta e custos indiretos de fabricação.

A contabilidade de custos em algumas decisões utiliza-se de instrumentos matemáticos e estatísticos que tornam mais úteis e exatas as informações produzidas.

A finalidade principal do critério é ter o custo total (direto e indireto) de cada objeto de custeio. Esse custo total se destina a determinar a rentabilidade de cada atividade, avaliar os elementos que compõem o patrimônio e a compor uma informação significativa no auxilio a estabelecer preços de venda dos produtos ou serviços.

O critério do custo direto (ou variável) é aquele que só inclui no custo das operações, dos produtos, serviços e as atividades.

Para que um custo (ou uma despesa) detenha as condições necessárias para compor o custo de um produto é necessário que este custo seja facilmente identificado, ou seja, onde não é necessário ratear o custo. E que seja variável diante da variabilidade de um indicador que represente o produto, a operação, o processo. Não havendo a possibilidade de descobrir a causa e o efeito, o custo (ou despesa) é considerado como custo variável.

Alguns princípios são aplicáveis a contabilidade de custos, o principio da competência é aquele que a contabilidade se relaciona mais fortemente; neste principio as receitas, as despesas e os custos devem ser reconhecidos na apuração do resultado do período a que pertencem.

O principio da uniformidade diz que os critérios aplicados num período, nos registros contábeis devem ser mantidos nos períodos subseqüentes.

Segundo o princípio da prudência, na duvida sobre o valor de um custo, o contador considera por prudência sempre o custo mais alto.

Pode se concluir que a contabilidade de custos facilita a formação de preço dos produtos, analisando a necessidade de aumentar ou diminuir o preço de venda, para cobrir custos fixos e aumentar o lucro da empresa. É importante também para alocarmos nos devidos lugares os custos que devem ser rateados, para evitar que setores da empresa sejam sobrecarregados com custos que não são seus.

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Contabilidade de custos, 11ª edição
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Contabilidade para não especialistas, 2ª edição
Ching, Hong Yun


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